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Descomissionamento de Plataformas

O que acontece quando um sistema de produção chega ao fim? Conheça essa atividade!

Foto de uma plataforma offshore da Petrobras sendo retirada do mar por uma embarcação com guindaste.

Descomissionamento: um caminho natural da indústria de óleo e gás

Explorar novas jazidas, desenvolver um campo, instalar uma plataforma e iniciar a produção de petróleo. De forma bem simplificada, essas são as etapas básicas das nossas atividades de exploração e produção (E&P).
Mas você já se perguntou o que acontece depois que um sistema de produção chega ao fim de seu ciclo de vida? Pois bem: longe de ser simples, essa nova etapa por si só é um desafio para qualquer empresa – e requer muita, mas muita tecnologia, com foco em segurança e meio ambiente. Vamos conhecer melhor essa jornada?

A trajetória offshore da Petrobras é longa e diversa

O pontapé inicial foi em 1968, no campo de Guaricema (SE), quando começamos nossa produção marítima. Na década seguinte, veio a descoberta da Bacia de Campos, nosso autêntico laboratório de inovações em escala real que nos projetou internacionalmente. Nos anos 1990, nos dedicamos ao desenvolvimento de campos em águas profundas daquela bacia – até culminar na descoberta do pré-sal nos anos 2000, que mudou nosso patamar de produção.
 
Mais de 50 anos de jornada offshore não são pouca coisa. Hoje, nos aproximamos da necessidade de encerrar operações em diversos sistemas onde a produção de óleo e gás se tornou inviável.
 
Pois é neste momento que começa o que chamamos de descomissionamento. Você já ouviu falar nisso? Esse é o processo que acontece quando se encerra o ciclo de vida de um sistema de produção e as empresas iniciam a desmobilização dos equipamentos.

O que avaliamos?

Antes dessa definição, são avaliadas opções voltadas à recuperação da capacidade produtiva dos campos e maximização do valor dos ativos, a exemplo do desenvolvimento de projetos que empregam tecnologias que estimulam a produção ou otimizam o ativo, a revitalização do campo, parcerias estratégicas, ou ainda a venda do ativo. Sempre em linha com o objetivo de gerar valor para a companhia.

E esse é um processo natural da indústria de petróleo e gás – até porque os equipamentos offshore não são eternos. No Golfo do México (EUA), por exemplo, mais de 4 mil plataformas já foram removidas desde 1970. E no Mar do Norte, mais de 170 plataformas já foram descomissionadas.  
 

Um dos grandes aprendizados em nossa trajetória foi elevar a segurança de nossas operações como valor máximo. Por isso, nos preparamos também para essa etapa nos apoiando em nossa capacidade tecnológica, em nossas parcerias e na experiência dos players mundiais.

E agora, o que fazer?

Há anos, estudamos soluções viáveis para atuar de forma segura e responsável no término de nossas operações.  Isso significa que, depois de decidirmos pelo descomissionamento de um sistema de produção, vamos planejar e executar as atividades atendendo à regulamentação vigente, analisando as alternativas viáveis com base em critérios multidisciplinares (ambiental, técnico, de segurança, social e econômico).
 

E não é só isso. Também vamos nos basear em um vasto material de estudos e orientações sobre as melhores práticas da indústria. Como os projetos de descomissionamento no Brasil são relativamente recentes e apresentam particularidades que podem torná-los mais complexos e desafiadores que aqueles já executados no restante do mundo, é fundamental sermos criteriosos. 
 

Entendemos que as melhores práticas e lições aprendidas da indústria mundial devem ser consideradas, mas soluções customizadas também devem ser desenvolvidas, garantindo a segurança e o respeito ao meio ambiente.

Avaliação Comparativa de Alternativas de Descomissionamento de Sistemas Submarinos

Tem o objetivo de determinar, caso a caso e com base em metodologia de análise multicritério, a alternativa de descomissionamento preferencial para instalações submarinas, avaliando as demandas relativas à proteção ambiental, impactos socioeconômicos, segurança operacional e viabilidade técnica e econômica, indicando os métodos para o caso de permanência definitiva, remoção parcial da estrutura ou remoção integral, observando os critérios:​​ Cinco vetores mostrando como é feita a Avaliação     
Benefícios da Utilização de Avaliação Comparativa de Alternativas de Descomissionamento
  • Agrega informações de natureza diferente sobre alguma base comum, permitindo uma visão ampla dos vários aspectos e suas relações que influenciam na tomada de decisão quanto à destinação de instalações submarinas.
  • Facilita e suporta a tomada de decisão e a escolha entre alternativas.
  • Facilita chegar a uma alternativa de melhor equilíbrio entre os diversos aspectos envolvidos na decisão.
  • Permite realizar análises de sensibilidade e avaliar a influência das incertezas técnico-científicas sobre o resultado.
  • Torna o processo de tomada de decisão rastreável e transparente, permitindo a verificação/análise dos stakeholders envolvidos.
Principais etapas da Avaliação Comparativa de Alternativas de Descomissionamento
  1.  

  2. Delimitar o escopo e levantar informações sobre a estrutura que será descomissionada, bem como do cenário socioambiental em que ela se insere.

  3. Analisar previamente todas as alternativas e excluir aquelas que são inviáveis sob determinado critério (técnico, ambiental, social, segurança ou econômico).  

  4. Realizar estudos técnicos e socioambientais de apoio.

  5. Avaliar as alternativas, com a participação de grupo multidisciplinar de especialistas, evidenciando as premissas adotadas e a “memória de cálculo”, de forma que toda a avaliação seja rastreável.

  6. Por fim, identificar a alternativa mais indicada.

Modelo verde para destinação das unidades

Desde o final de 2022, nossa destinação de plataformas flutuantes próprias segue o modelo de destinação verde, garantindo a aplicação de regras ambientais e de direitos humanos ao longo de toda cadeia de fornecedores, e assegurando a apropriada destinação final de materiais oriundos do descomissionamento, em alinhamento às melhores práticas da indústria e aos princípios estabelecidos na Carta Internacional de Direitos Humanos da ONU. Ou seja, com foco na sustentabilidade e na garantia de uma destinação sustentável.

Essa política de reciclagem verde para embarcações prevê:

  • Implementação de ações de minimização da geração de resíduos, prevenção de impactos à biodiversidade, além do reaproveitamento de equipamentos e o fomento à economia circular.
  • Reciclar em estaleiros dotados de soluções tecnológicas, tais como dique seco ou terreno impermeabilizado com sistema de drenagem eficaz, que garantam a contenção de contaminantes decorrentes das atividades de desmantelamento, impedindo sua liberação para o meio ambiente.
  • Inventário prévio de materiais, de modo a garantir a elaboração adequada de um plano de reciclagem pelo estaleiro.
  • Reciclagem da frota de embarcações de forma segura, protegendo o meio ambiente e pessoas que trabalham nos estaleiros de reciclagem.
  • Atendimento aos requisitos da European Union Ship Recycling Resolution nº 1257/2013, no caso de estaleiros internacionais. No caso dos brasileiros, as licenças de operação e a conformidade com a legislação, regras e regulamentos de meio ambiente, segurança e saúde dos trabalhadores aplicáveis, incluindo gerenciamento de subcontratados.
  • ​​​​​​Atuação em conformidade com os compromissos dos quais somos signatários, incluindo medidas de controle à corrupção e respeito aos direitos humanos reconhecidos internacionalmente.
Com essa política, a companhia amplia o controle sobre a reciclagem das unidades, reforçando as garantias de que a atividade ocorra alinhada às melhores práticas ASG (Ambiental, Social e Governança) da indústria mundial, com foco na geração de valor, sustentabilidade, segurança e respeito às pessoas e ao meio ambiente.

Tudo o que você precisa saber sobre descomissionamento

Quando se encerra o ciclo de vida de um sistema de produção, as empresas iniciam um trabalho de desmobilização dos equipamentos, processo que chamamos de descomissionamento. A seguir, apresentamos dez curiosidades que poderão ajudar você a entender um pouco mais sobre este processo.
1. Qual o investimento previsto para descomissionamento?
O Plano Estratégico da Petrobras para o período 2024-2028 contempla a previsão de dispêndio de US$ 11 bilhões em atividades de descomissionamento, incluindo a participação da companhia em custos parciais de descomissionamento em alguns campos desinvestidos.
2. Quais são os critérios utilizados pela indústria para determinar que um campo entrará em fase de descomissionamento?

A Petrobras prioriza soluções para continuidade e maximização da produção sempre que possível, o que pode se dar com a extensão da produção dos sistemas instalados, substituição dos sistemas antigos por sistemas novos nos projetos de revitalização das áreas, parcerias tecnológicas ou processos de cessão de direitos (venda) de áreas que não mais se enquadram no portfólio estratégico da empresa.

O descomissionamento de um sistema pode ocorrer de forma parcial ou total, a depender das análises que indicam a estratégia que gera mais valor para a companhia, ou quando se encerram contratos de concessão, de afretamento ou se esgotam as oportunidades de extensão de produção.
3. Quantas plataformas serão descomissionadas nos próximos anos?

As próximas plataformas a serem descomissionadas nos próximos anos são P-33 e P-26, na Bacia de Campos; e o FPSO Capixaba, no campo de Jubarte, no Espírito Santo. O Planejamento Estratégico 2024-2028+ prevê o descomissionamento de 23 plataformas até 2028 e mais de 40 outras plataformas após este período. Esse planejamento inclui plataformas fixas e flutuantes, próprias e afretadas, e é revisto anualmente, alinhado ao plano estratégico plurianual da companhia.

4. No que consistem os custos de descomissionamento de um sistema de produção?

O descomissionamento de um sistema de produção contempla diversas atividades, como a adequada limpeza dos sistemas, tratamento e destinação de resíduos atendendo à legislação ambiental, o tamponamento dos poços, a desconexão dos sistemas submarinos e a destinação da plataforma em si, conforme plano de descomissionamento aprovado previamente pelo IBAMA, ANP e Marinha do Brasil.

A maior parte dos custos de descomissionamento refere-se à desativação permanente dos poços, que consiste na instalação de tampões de cimento para isolamento seguro dos reservatórios, com emprego de equipamentos apropriados. A desativação dos poços é uma atividade dominada pela indústria, que possui regulações específicas e guias de boas práticas consolidadas no mundo.

5. Existe alguma regulamentação sobre descomissionamento?

No plano nacional, a Resolução ANP nº 817/2020 é o principal instrumento de regulação do tema e estabelece os requisitos para avaliação e planejamento dos projetos de descomissionamento, e as atividades operacionais atendem a diversos instrumentos regulatórios já existentes. Para cada projeto, são necessárias análises detalhadas para proposição de solução para os três grandes grupos de atividades: destinação da plataforma, tamponamento seguro dos poços e destinação dos sistemas submarinos.

Estas avaliações consideram os aspectos ambientais, de segurança das pessoas e da operação, além de fatores técnicos, sociais, econômicos e de sustentabilidade. Os projetos são submetidos à aprovação do Ibama, Marinha e ANP antes do início das atividades.

6. Quais medidas a Petrobras adotará para monitoramento de áreas descomissionadas?

Juntamente aos projetos de descomissionamentos, as operadoras devem apresentar um Plano de Monitoramento Pós-Descomissionamento, que é aprovado pelo Ibama, Marinha e ANP. Esse plano depende de variáveis como a característica ambiental da área e as soluções de descomissionamento adotadas.

7. Por que a Petrobras está descomissionando plataformas nos campos de Marlim e Voador?
O descomissionamento dos campos de Marlim e Voador prevê a implantação de novas unidades, em substituição às plataformas descomissionadas. A entrada dos sistemas novos ocorre em 2023. Eles possibilitarão a ampliação da produção atual desses campos, dos cerca de 40 mil barris por dia atuais, para 150 mil barris por dia.   
 
Mais do que ampliar a vida útil dos campos, os investimentos em revitalização proporcionarão incontáveis ganhos não só para a Petrobras, mas para toda a sociedade. Além dos evidentes retornos financeiros gerados pela maior produção dos campos ao longo do tempo, os robustos investimentos a serem feitos pela Petrobras na revitalização da Bacia de Campos disseminarão e estenderão o impacto positivo, como movimentação da atividade econômica e geração de emprego, que tais atividades geram há décadas em municípios fluminenses e no país.

Quais plataformas já foram descomissionadas?

Em 2021, foram removidas cinco plataformas (três plataformas fixas de Cação, no Espírito Santo, o FPSO Piranema Spirit, em Sergipe, e a unidade flutuante de produção P-15, na Bacia de Campos), e em 2022, a P-7  e, em 2023, está prevista a remoção da P-32, primeira unidade da Petrobras a adotar o modelo de destinação sustentável de embarcações. A Petrobras já descomissionou anteriormente as plataformas P-12, P-27, P-34, FPSO Brasil, FPSO Marlim Sul, FPSO Cidade de Rio das Ostras.
​​​​​​​
Das plataformas flutuantes descomissionadas anteriormente, apenas P-12, P-27, P-34, P-15 e P-7 e P-32 eram unidades próprias e foram vendidas em leilão público seguindo os requisitos regulatórios aplicáveis. As plataformas fixas de Cação (PCA-1, PCA-2 e PCA-3) foram removidas de sua locação, na costa do estado do Espírito Santo, e desmontadas por meio de um contrato de EPRD (Engenharia, Preparação, Remoção e Disposição) que garante o encaminhamento dos materiais oriundos do descomissionamento para reciclagem e a correta destinação final dos resíduos.

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